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quarta-feira, 7 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Recife, 2 de setembro de 2011.
PREZADOS,
Em virtude da eminência de uma greve dos docentes da UFPE e por questões referentes ao apoio financeiro concedido pela UFPE ao IV Simpósio de Fisioterapia da UFPE: “Abordagens atuais da Fisioterapia, da promoção à saúde à reabilitação”, que seria realizado nos dias 17 e 18 de setembro, está adiado. Até o presente momento não foi definida a nova data do evento, assim que o for, comunicaremos.
Em virtude da eminência de uma greve dos docentes da UFPE e por questões referentes ao apoio financeiro concedido pela UFPE ao IV Simpósio de Fisioterapia da UFPE: “Abordagens atuais da Fisioterapia, da promoção à saúde à reabilitação”, que seria realizado nos dias 17 e 18 de setembro, está adiado. Até o presente momento não foi definida a nova data do evento, assim que o for, comunicaremos.
POR GENTILEZA, OS PARTICIPANTES QUE JÁ HAVIAM FEITO A INSCRIÇÃO ENTREM EM CONTATO CONOSCO ATRAVÉS DO NOSSO EMAIL (simfisioufpe@gmail.com).
Qualquer dúvida ou esclarecimentos estamos a disposição,
COMISSÃO ORGANIZADORA DO IV SIMFISIO
CRESCIMENTO DA FISIOTERAPIA NA SAÚDE PÚBLICA
Apesar de ser incipiente, a inserção da Fisioterapia na Saúde Pública está em ascensão. Percebe-se uma valorização desta atuação e um sentimento de que sua importância aos poucos é reconhecida. São vários os exemplos em que o fisioterapeuta insere-se na agenda da saúde pública. Ora por necessidade da população, ora pela luta da classe em demonstrar sua utilidade, a Fisioterapia vem ao encontro da saúde pública, com seu potencial não só curativo-reabilitador, como também na prevenção, e por que não na promoção da saúde, em ações individualizadas ou coletivas, como pode ser observado pelos relatos no jornal de seu Conselho Federal. Seguem algumas experiências. A Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia apurou que o fisioterapeuta deveria estar presente nos quadros da Secretaria, tanto no atendimento à família como na prevenção, além da fase curativa. A prevenção é realizada em grupos, o fisioterapeuta realiza orientações quanto à postura, preparo para o parto em gestantes, participando também de programas de hanseníase, prevenção de incapacidade, grupos de lombalgia e hipertensão (COFFITO, 1999). Em Santarém (AM) o fisioterapeuta está presente na Secretaria Municipal de Saúde de forma incipiente, atuando em nível hospitalar, e quando há necessidade de alguma equipe do PSF (Programa de Saúde da Família), o fisioterapeuta trabalha junto à equipe. Na zona rural alguns pacientes que antes necessitavam ser encaminhados à capital, passaram a ser atendidos em suas comunidades (COFFITO, 2000a). Em Camaragibe (PE) o fisioterapeuta está inserido em duas equipes do PSF, nas regiões mais populosas, e no Núcleo de Reabilitação. A jornada do fisioterapeuta é dividida entre ambulatório e visitas domiciliares. Além do atendimento individual, atua-se em grupos coletivos de prevenção nas Unidades de Saúde da Família (COFFITO, 2001a, b). A Universidade Federal da Paraíba e a Faculdade de Fisioterapia de Caratinga desenvolvem estágios rurais para seus acadêmicos, inserindo-os na Saúde Pública. Ambos os programas utilizam a metodologia do PSF (COFFITO, 2001c). No Rio de Janeiro, fisioterapeutas do Instituto Fernandes Figueira (IFF), ligado à Fiocruz, participam do Programa de Assistência Domiciliar Interdisciplinar (PADI). O programa segue uma orientação multiprofissional, realizando visitas à comunidades dos subúrbios da cidade ou da baixada fluminense. O modelo de atendimento é voltado à criança, buscando-se o envolvimento do profissional com a família-paciente (COFFITO, 2001d). Audiência Pública em Goiânia no dia 31 de outubro de 2000, ratificou a importância da atuação do fisioterapeuta como profissional essencial na saúde pública, habilitados no diagnóstico de distúrbios cinético-funcionais, na prescrição das condutas fisioterapêuticas, na sua ordenação e indução na clientela até a alta do serviço, devendo também estar presente em programas preventivos e nas pesquisas científicas voltadas para a promoção da saúde do indivíduo e da comunidade (COFFITO, 2001e).Em Natal (RN), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Universidade Potiguar desenvolveram um programa preventivo com um grupo de pacientes diabéticos, mediante condutas voltadas a atividade aeróbica (COFFITO,2001f). Em Paracambi (RJ), o fisioterapeuta foi inserido no PSF devido à insistência de uma fisioterapeuta que conseguiu demonstrar às autoridades e à população a importância da inclusão deste profissional no PSF, uma vez que era grande a prevalência de pessoas com seqüelas neurológicas, na maior parte,restritos ao leito, sem acesso aos serviços de saúde (COFFITO, 2002a).Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) em Cascavel (PR) disponibilizou na Residência em Saúde da Família, vagas para fisioterapeutas(COFFITO, 2002b).Sobral (CE) possuía fisioterapeutas em hospitais e clínicas conveniadas com o SUS, e uma profissional que realizava atendimentos domiciliares quando solicitada pelas equipes de PSF até 2000, quando este profissional foi incluído no PSF. O fisioterapeuta realiza a Escola de Posturas (prevenção e tratamento das algias da coluna), atua em grupos de gestantes, hipertensos, diabéticos e de hanseníase, além de atendimentos a pacientes com necessidades especiais, como portadores de seqüelas de AVE, TCE, TRM, amputados, dentre outros distúrbios neurológicos. A Escola de Saúde da Família Visconde de Sabóia por meio de sua especialização também agrega fisioterapeutas, numa formação voltada à atenção básica (COFFITO, 2003a).Em dezembro de 2000 a presença do fisioterapeuta no PSF foi efetivada em Campos dos Goytacazes (RJ), realizando atendimentos principalmente a indivíduos portadores de distúrbios neurológicos, seguidos pelos traumatoortopédicos funcionais. Contava-se em 2003 com oito fisioterapeutas, onde era realizado trabalho preventivo e em consultório (COFFITO, 2003b). A inserção do fisioterapeuta no PSF, em Macaé (MG) teve inicio em 2001, onde desenvolve atividades de educação junto à comunidade e atendimentos nas áreas de Saúde da Criança, da Mulher, do Adulto e do Idoso, além de atendimento a pacientes acamados. Utiliza-se a própria unidade ou locais cedidos pela comunidade, e os atendimentos são realizados individualmente ou em grupos (COFFITO, 2003c).Em entrevista ao COFFITO em junho de 2003, Luiz Odorico Monteiro de Andrade, então presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS) ao falar da interdisciplinaridade no PSF, defendeu a importância do fisioterapeuta no PSF. Refletiu que essa atuação deveria incluir a Fisioterapia comunitária, com uma abordagem mais integral, de promoção de saúde, trabalhando com a qualidade de vida das pessoas e no internamento domiciliar em situações especiais (ANDRADE, 2003).No 7º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva em Brasília, 2003, ocorreu uma oficina temática com o tema: “Fisioterapeutas e Saúde Coletiva: enfrentando o desafio da integralidade da atenção”, nos dias 29 e 30 de julho. A experiência congregou profissionais fisioterapeutas comprometidos com uma oferta de atenção primária como estratégia para substituir o modelo tradicional de cuidado à saúde (PEREIRA, 2003). Em 2004, no 6º Congresso Brasileiro de Epidemiologia, realizado pela Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO) em Recife, outra oficina temática deu continuidade às discussões do ano anterior, com o tema: “Fisioterapia e a Cidade: em busca do olhar epidemiológico”. (COFFITO, 2004a). A crescente participação da categoria em tais eventos da Saúde Coletiva demonstra o aumento de interesse por esta área. Em Balneário Camboriú – SC, a rede pública oferece atendimento de Fisioterapia no Núcleo de Atenção ao Idoso e no Centro de Fisioterapia e Reabilitação. Além do atendimento ambulatorial, os profissionais realizam visitas a pacientes triados pelo PSF, atividades voltadas à prevenção num programa denominado “Agito no Bairro” e com orientações sobre atividades físicas e caminhadas durante o verão (COFFITO, 2004b). Barros (2002a) traz uma coletânea de vinte experiências da Fisioterapia Comunitária, reunidas pela ocasião do prêmio Fisiobrasil Edição 2001. Os trabalhos apresentados nesta obra demonstram, em todo o Brasil, a necessidade e a capacidade da Fisioterapia preocupar-se também com as questões de saúde da população, inserindo-se em todos os níveis de atenção. Tonin (2004) realizou uma revisão de literatura sobre a Fisioterapia na Estratégia de Saúde da Família. A autora concluiu que o profissional fisioterapeuta está habilitado a atuar na atenção básica, e que várias conquistas neste âmbito já foram alcançadas. Também discutiu a possibilidade de uma negação da Integralidade e Universalização na atenção básica com a ausência desta categoria profissional.
É perceptível uma tendência à mudança no sentido da integralidade, porém ainda subsiste uma supervalorização da doença, em detrimento da saúde em seu conceito ampliado, como observado no discurso de Yvane Elizabeth Figueira ao COFFITO (2002b). Percebe-se a necessidade de uma atuação mais abrangente por parte do fisioterapeuta, sem, contudo, ultrapassar seu núcleo específico de saber.É muito difícil encontrar um fisioterapeuta que, em lugar da clínica,pense em ser um educador (...). O fisioterapeuta deve estar ciente que não estará infringindo nenhuma questão legal do exercício da profissão, mas atuando e ajudando a comunidade, sem negligenciar as questões básicas. Temos que nos sentir como integrante da equipe de saúde. O fisioterapeuta precisa entender que vai promover a atenção específica de sua área, mas ao redor estão inseridas outras questões, como doenças endêmicas, por exemplo, tem que conhecer o perfil epidemiológico se deseja agir como agente formador de idéias e ações, enfim como educador e planejador (COFFITO, 2000b). Campos (2000) assim diferencia núcleo e campo de saberes e práticas: núcleo seria uma aglutinação de conhecimentos e conformação de um determinado padrão concreto, demarcaria a identidade profissional, já campo, seria um espaço de limites imprecisos onde cada disciplina e profissão buscaria em outras, apoio para cumprir suas tarefas teóricas e práticas. Essa necessidade em se discutir mais a inserção do fisioterapeuta nos espaços da saúde coletiva evidenciou-se também no VII Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva realizado em Brasília no ano de 2003. Na ocasião realizou-se uma oficina de trabalho, cujo relatório aponta para a crescente importância deste campo de atuação (ABRASCO, 2003). Uma rápida pesquisa nos anais do mesmo congresso, utilizando como descritores Fisioterapia e fisioterapeuta, apresentou um total de cento e onze trabalhos apresentados, corroborando a participação da categoria (CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA, 2003) Barros (2002b) aborda a necessidade de uma responsabilidade social na Fisioterapia.
Fonte: Gallo,D.L.L.A.fisioterapia no programa saúde da família:Percepções em relação à atuação profissional e formação universitária.Tese de Mestrado. Londrina.2005.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
POR QUE SE DEVE INTRODUZIR A FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE PACIENTES QUEIMADOS?
A maioria dos autores afirma que a técnica de fisioterapia, em relação aos queimados, encontra-se em evolução, realizando-se atualmente uma série de atividades que antes eram consideradas como tabus. A mobilização das articulações, para evitar seqüelas e aderências de fáscias, músculos e tendões, deve começar imediatamente. Na medida das possibilidades do quadro clínico, as massagens, mobilizações, exercícios passivos e ativos devem ser iniciados precocemente, ainda na fase aguda da queimadura. Órteses simplificadas devem ser logo colocadas para que o pescoço, as mãos e pés não assumam posições viciosas. A movimentação na água, com hidroterapia, também é recomendada. Além da maior amplidão de movimentos, os autores têm recomendado que a fisioterapia cuide da manutenção da força muscular, e, dificultar a aderência dos planos musculares e dos tendões com exercícios adequados, mesmo que doloridos. Os familiares devem receber informações precisas para a realização dos exercícios, suas limitações, a reação negativa inicial dos pacientes e o longo acompanhamento.
FISIOTERAPIA BASEADA EM EVIDÊNCIA: UMA NOVA PERSPECTIVA.
Filippin LI, Wagner MB, Wagner MB
Rev Bras Fisioter. 2008;12(5):432-3..
A demanda por qualidade máxima do cuidado em saúde, combinada com a necessidade de uso racional de recursos tanto públicos quanto privados, tem contribuído para aumentar a pressão sobre os profissionais da área no sentido de assegurar a implementação de uma prática baseada em evidências científicas. O movimento da “Medicina baseada em evidência” (MBE) surgiu na década de 1980 e foi David L. Sackett um dos principais idealizadores deste movimento.
A prática da Medicina baseada em evidências significa integrar cada especialidade com a melhor evidência clínica disponível proveniente de investigação sistemática. Esse movimento representou uma mudança radical de um paradigma de conhecimento, que foi baseado em autonomia e na experiência clínica.
A “prática baseada em evidência” (PBE) iniciou mais tarde, nos meados da década de 90, atualmente dispõe de centros onde se estuda e avalia pesquisas na área como o “Centre for Evidence Based Physiotherapy” (CEBP) um centro online onde o profissional dispõe de guidelines, artigos e importantes links para pesquisa2.
A PBE compreende os mesmos conceitos e princípios da MBE, sendo empregada por diferentes profissionais e em diversos contextos de saúde. A PBE tem sido definida como o uso consciente, explícito e ponderado da melhor e mais recente evidência de pesquisa na tomada de decisões clínicas sobre o cuidado de pacientes.
Pesquisas desenvolvidas de forma criteriosa fornecem indícios para auxiliar na tomada de decisão clínica, mas nunca substituem o raciocínio sobre qual a intervenção mais indicada em determinada situação clínica.
A PBE envolve a superação de alguns desafios, como manter-se atualizado diante da crescente disponibilidade de informações na área da saúde; uma busca eficiente da literatura por meio de bons bancos de dados e selecionar estudos relevantes e metodologicamente adequados.
Uma evidência científica, segundo o glossário, é o conjunto de elementos utilizados para suportar a confirmação ou a negação de uma determinada teoria ou hipótese científica. Para que haja uma evidência científica é necessário que exista uma pesquisa realizada dentro de preceitos científicos - e essa pesquisa deve ser passível de repetição por outros cientistas em locais diferentes daquele onde foi realizada originalmente.
A análise de evidências de pesquisa exige dos profissionais conhecimentos e habilidades para capacitá-los a ter autonomia na avaliação crítica das informações científicas que serão utilizadas para diminuir as incertezas das decisões tomadas na clínica. No entanto, nem todos os estudos são bem desenvolvidos; dessa forma, se faz necessária uma avaliação cuidadosa da sua validade e da aplicabilidade clínica dos resultados.
Os níveis de evidência são hoje utilizados como um norteador para classificar a qualidade dos estudos realizados na área da saúde. A qualidade da evidência pode ser categorizada em três níveis (nível I - evidência forte de, pelo menos, um estudo randomizado, controlado, de delineamento apropriado e tamanho adequado; nível II - evidência de estudos bem delineados sem randomização, coorte ou caso-controle; nível III - opiniões de autoridades respeitadas).
A Fisioterapia, ao contrário da Medicina, ainda não tem pesquisas suficientes para formar um corpo científico de conhecimento necessário para sustentar a prática baseada em evidências, principalmente estudos com evidências nível I. Portanto, o desenvolvimento de pesquisas na Fisioterapia é fundamental, pois permite a construção de um corpo de conhecimento próprio, propicia a melhoria da assistência de fisioterapia prestada ao paciente, embasada em conhecimento científico, enriquecimento do
Profissional e da sua prática, bem como possibilita a busca de soluções para os problemas vivenciados no cotidiano.
A prática baseada em evidências vem sendo discutida na literatura e, conforme já mencionamos, várias são as barreiras para sua implementação. Entretanto, essa abordagem poderá contribuir para a mudança da prática de fisioterapia baseada em tradição,
rituais e tarefas para uma prática reflexiva baseada em conhecimento científico, promovendo a melhoria da qualidade da
assistência.
Nesse cenário, entendemos que a prática baseada em evidências é uma abordagem que incentiva o fisioterapeuta a buscar
conhecimento científico por meio do desenvolvimento de pesquisas ou aplicação na sua prática profissional dos resultados encontrados na literatura.
Rev Bras Fisioter. 2008;12(5):432-3..
REALIDADE VIRTUAL
Conheça um pouco do Nintendo Wii e as potencialidades dessa nova realidade como recurso fisioterapêutico.
http://www.youtube.com/watch?v=MNM4udZXMMo
Fonte: Youtube/reabilitação neurológica
http://www.youtube.com/watch?v=MNM4udZXMMo
Fonte: Youtube/reabilitação neurológica
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